Wednesday, February 28, 2007
Os desastres dos romances são sempre belos porque não corre sangue autêntico neles, nem apodrecem os mortos nos romances, nem a podridão é podre nos romances (...)
Quem sabe se o romance não será uma mais perfeita realidade e vida que Deus cria através de nós, que nós - quem sabe - existimos apenas para criar? As civilizações parece não existirem senão para produzir arte e literatura; é, palavras, o que delas fala e fica. Por que não serão essas figuras extra-humanas verdadeiramente reais? Dói-me mal na existência mental pensar que isto possa ser assim...
Monday, February 12, 2007
ups lol
A escultural actriz Eva Longoria, da série "Donas de Casa Desesperadas", é desta vez notícia por ter feito avultadas compras na famosa cadeia de lojas Harrods e de não as ter pago. Como seria de esperar, a conta foi-lhe parar a casa. A actriz mostrou-se chocada com o sucedido. Segundo o seu agente, Longoria recebeu 77.400€ para comparecer na abertura dos saldos e terá pensado que podia levar o que quisesse da loja como uma espécie de "extra-obrigado". Enganou-se.
Única
Única
Saturday, February 10, 2007
Para a Cláu
Wednesday, February 07, 2007
Tuesday, February 06, 2007
Comércio de emissões
É um dos mecanismos de flexibilidade previstos no Protocolo de Quioto. Permite aos países que excedam os limites impostos às suas emissões comprarem licenças (de emissão) a países que estejam abaixo do respectivo limite. Esta compra irá representando uma despesa cada vez mais pesada, funcionando assim como mecanismo de encorajamento à adopção de tecnologias mais limpas.
Luís M. Faria
Luís M. Faria
Monday, February 05, 2007
Certa vez, perguntaram a Gandhi se pretendia que a Índia, uma vez independente, se viesse a tornar tão desenvolvida como a Grã-Bretanha.
Aresposta foi uma negativa peremptória. "Se, para chegar onde chegou, a Inglaterra teve de devastar meio mundo, de quantos mundos precisaria a Índia?"
(...) Os países emergentes não podem tentar desenvolver-se copiando o modelo de crescimento usado pela Europa e pelos Estados Unidos: nem duas Terras, se as houvesse, chegariam para fornecer recursos para tal.
(...) O paradigma do desenvolvimento mudou com a chegada ao mercado global de grandes países como a China ou a Índia.
(...) Actualmente, a China consome 26% do aço mundial e 47% do cimento. A seguir aos Estados Unidos é o maior importador de petróleo. E as perspectivas apontam para que, tanto o PIB como a população, continuem a crescer fortemente. Quanto à Índia, poderá vir a ultrapassar a China dentro de quinze anos, tanto no plano económico, como no demográfico. O Protocolo de Quioto isentou temporariamente estes dois países da obrigação de reduzir as emissões gasosas com incidência no efeito de estufa. Mas, a partir de 2012, o tema terá de ser reequacionado.
A tendência ocidental tem sido, frequentemente, a de culpar estes dois países pela alta do preço do petróleo e de outras amtérias-primas.
Christopher Flavin, presidente do Insituto Worldwatch e cidadão norte-americano, não pensa assim.
Lembra que os Estados Unidos consomem dez a vinte vezes mais matérias-primas correntes por habitante que aqueles dois países e, sensivelmente, o dobro dos europeus, cujo nível de riqueza não é muito diferente da existemte além-Atlântico. Tendo apenas um quarto da população chinesa, os norte-americanos importam o quádruplo do petróleo.
(...) Os países em vias de desenvolvimento enfrentam um dilema: não desenvolver para não poluir, ou desenvolver acarretando com os problemas ambientais do mundo ocidental.
Rui Cardoso
Friday, February 02, 2007
Para mim, escrever é desprezar-me; mas não posso deixar de escrever. Escrever é como a droga que repugno e tomo, o vício que desprezo e em que vivo.
Há venenos necessários, e há-os subtilíssimos, compostos de ingredientes da alma, ervas colhidas nos recantos das ruínas dos sonhos, papoilas negras achadas ao pé das sepulturas dos propósitos, folhas longas de árvores obscenas que agitam os ramos nas margens ouvidas dos rios infernais da alma.
Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.
Bernardo Soares
Há venenos necessários, e há-os subtilíssimos, compostos de ingredientes da alma, ervas colhidas nos recantos das ruínas dos sonhos, papoilas negras achadas ao pé das sepulturas dos propósitos, folhas longas de árvores obscenas que agitam os ramos nas margens ouvidas dos rios infernais da alma.
Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.
Bernardo Soares
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