Thursday, November 29, 2007

Direito à vida I

Em Setembro tinha decidido que só utilizaria este blog para contar-vos o que me passava. Seria uma espécie de diário (ou semanário), acontece que comigo os diários não resultam (como se pode ver já que deixei a setima semana a meio e, no entretanto, já passaram umas quantas..). Hoje quebro essa decisão. Quero falar sobre outro tema, e, para ser sincera, só não o faço no meu blog porque sei que aqui mais pessoas o vão ler. Não quero que concordem ou que discordem, apenas que me deixem falar, gritar e lamentar à vontade. Depois, se quiserem, têm o direito de falar, gritar, lamentar ou ficar calados...

Artigo 3, Declaração Universal dos Direitos Humanos
"Todo o ser humano tem direito à vida, à liberdade à segurança da sua pessoa"

Entre a vida e a morte às vezes vão pequenos passos, pequenos gestos. Entre a vida, e a morte, a distância é, frequentemente, muito curta. E quando a vida depende da vontade de alguns esta distancia deixa, muitas vezes, de existir.
Podia falar da pena de morte, da violência contra mulheres, da tortura, do comércio de armas, das perseguições, dos presos de consciencia ou de tantos outros temas, mas hoje deixo os debates políticos, morais e controversos para outro dia, deixo-os de parte e vou falar apenas da quarta causa de morte a nivel mundial. Não vou falar dos presos de Guantanamo, das mulheres que só por serem mulheres são agredidas, dos milhares de crianças que veem a sua vida fugir-lhes por uma arma que não pediram ou das pessoas que perdem a sua liberdade porque se lembraram de expressar o que sentiam ou pensavam. Vou tão e somente falar daquelas pessoas que, por uma doença, perdem o seu emprego, têm a sua vida ameaçada, ficam sózinhos e são abandonados pela sociedade. Vou tão e somente falar daquelas pessoas a que asociedade se esqueceu de fazer chegar a informação necessária, ou cujas familias e sociedades não ensinaram (ou não aprenderam) que há temas que não podem ser tabus. Vou tão e somente falar daquelas pessoas que continuam a acreditar que "só passa aos outros".
Actualmente existem mais de 33 milhões de pessoas infectadas com o VIH/SIDA. A cada minuto há quatro jovens entre os 15 e os 24 anos que são infectados por este virus. Esta é a quarta causa de morte a nível mundial. Embora o número de mortes tenha diminuido nos últimos tres anos, a verdade é que o número de pessoas infectadas continua a aumentar.
Ainda não existe cura para esta doença. É verdade que estamos cada vez mais próximos mas também é verdade que, no negócio farmaceutico, os interesses são muitos e que mesmo depois de encontrada a cura as dificuldades para a fazer chegar às pessoas que a necessitam vão ser enormes, se já o são com os tratamentos existentes....
Por enquanto, a melhor arma continua a ser a prevenção. A prevenção, sim, é uma boa arma para acabar com o número crescente de pessoas infectadas. Deixemo-nos de tabus, deixemo-nos de medos estupidos e passemos a ter medo do que devemos ter. Falemos abertamente sobre o sida, sobre sexo, sobre preservativos. Falemos sobre amar, amar o próximo e antes de tudo amar a vida.
Por enquanto, o único tratamento possivel permite-lhes ter uma vida quase normal, mas é preciso não esquecer que é preciso mais, que uma gripe numa pessoa seropositiva não é uma gripe normal.
Por enquanto, é preciso educar a respeitar, respeitar e tratar de igual maneira uma pessoa infectada, a não discriminar, ensinar que esta doença não se transmite por um simples sorriso, olhar, contacto ou abraço.
Ensinemos a prevenir mas a cuidar também. Ensinemos a respeitar. Ensinemos os governos a cumprir as suas responsabilidades. A criar políticas de prevenção e de ajuda ao tratamento.
Lembremos-lhes que, em 2000, a ONU estableceu como objectivo do milénio o combate ao VIH/SIDA. Sete anos depois, nenhum pais, que eu tenha conhecimento, se lembrou de fornecer preservativos grátis (e não falo em actos pontuais) ou de permitir que todas as pessoas infectadas com o VIH/SIDA tenham accesso gratuito (ou pelo menos a um preço aceitavel) aos tratamentos antiretrovirais (não sei se diz assim). Sete anos depois, em Guyana (como noutros países) despedem-se pessoas tendo em conta a sua condição serologica ou pedem-se testes de VIH antes de se admitir alguém num novo cargo. Sete anos depois, na Namibia só aproximadamente 22 mil pessoas das 50 mil infectadas recebem tratamento. Sete anos depois deste objectivo, e dez anos depois do conflicto em Ruanda, as mulheres com VIH contraido por violações (70%das mulheres violadas em Ruanda durante o conflicto armado, que durou mais de dez anos, contrairam sida) não têm, nem sequer, atenção sanitária. Sete anos depois, há países como a Républica Dominicana (que tem uma taxa de incidencia de 1%) que apesar de receber dinheiro internacional, destinado a tratamentos antiretrovirais, suficiente para toda a população infectada, só 30% dessa população recebe tratamento.
É preciso não esquecer que o VIH/SIDA afecta qualquer pessoa, não importa sexo, idade, orientação sexual. É preciso lembrar que o direito à vida é um Direito Universal, e que cabe a cada governo assegurar os direitos dos seus cidadãos.
É preciso não esquecer que é um dever individual lutar para que se respeitem os seus direitos e isso começa partindo de nós.

Quiero sentirte a mi lado, compartir risas, abrazos, caricias, besos, placer y sexo...seguir haciendo las mismas cosas.
Tu compasión, miedo, lástima, indiferencia...no los quiero. Ni tus reproches, ni tus consejos cargados de buenas intenciones...ni que me rehugas, ni que no me dejes ni a sol ni a sombra...
Tan sólo quiero que sigamos siendo los mismos, porque vivamos con el vih/sida o no, lo que siempre necesitamos es amor.

Friday, November 23, 2007

Parece que vou bulir e ganhar guita.

Tuesday, November 20, 2007


SALAMANCAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA


Tenho falado com vocês regularmente, portanto fico por aqui.

Thursday, November 08, 2007

- Fui ajudar o tal senhor de que vos falei. Hoje ainda não fiz nada, fui só conhecer as pessoas e as instalações. ADOREI! Foram impecáveis comigo. O homem disse-me logo que precisava mesmo muito da minha ajuda e que eu ia aprender bastante, apesar de por agora não me poder pagar. Não tenho, portanto, qualquer tipo de obrigação (de horários e assim), mas acho preferível ficar lá algum tempo enquanto não surge nada remunerado na minha área, do que ganhar e fazer algo de que não gosto. E são pessoas que conhecem o meu pai e que, assim sendo, não me vão explorar. A simpatia vale muito e neste caso foi decisiva. Fomos logo tomar café todos e já me senti parte da equipa. Começo amanhã.

- Hoje saiu a primeira Sábado com os hospitais!

- Estou contente por voltar a escrever!!!! É impressionante como fazer o que gostamos motiva mais que qualquer coisa... É certo que não posso passar a vida a bulir sem receber, mas é algo que poss fazer neste momento. E, o actual director da revista, também lá começou a custo zero. Vai correr tudo bem. Isso eu sei.

Wednesday, November 07, 2007


- Acabaram de me convidar a participar num blog de poesia escrito a 4 mãos. Cada frase só pode ter sete palavras e a ideia é o conteúdo ser posteriormente publicado na editora do Miguel (as outras duas mãos).
- O Estatuto do Jornalista mete nojo.
- Farta de não fazer nada.

Monday, November 05, 2007

Hoje vamos jantar (Eu, Ana, Russo e Puto) à Pizza Hut da marginal.

Acho que não tenho novidades.