Friday, May 30, 2008

(Ir) Repetível

Se já não me sobrasse tempo contigo aqui, lembrar-te-ias de mim e de tudo o que sonhámos? Eu já não te sinto. Deixei de sentir tudo aquilo que pensámos juntos. O passado é isso mesmo. O presente, não sei. Aprendi, pelo menos, que nada é garantido... o tal "no hay nada para siempre". Quanto mais não seja pela vontade d'Ele.

Portanto, sempre que te toquei, beijei... amei, fi-lo como se se tratasse de um acto irrepetível. Único.

Sabes o que é o amor? Eu não. Hoje não. Provavelmente nunca ficarei tão perto da resposta como quando ia conhecendo, todos os dias, partes desse mistério. E só quando se perde se percebe que, afinal, até já o avistámos. Lembro-me de acordar ao teu lado e pensar que não era preciso mais nada. Aquilo era o Amor. E era tudo o que sempre procurei. E Perdi.

O texto é mera ficção, qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.

Tuesday, May 27, 2008

Ah, é verdade Cláu! Tenho falado muito com a Guidita! Ela perguntou por ti e pede para lhe dares notícias =)

Sunday, May 25, 2008


Ontem fomos sair. Conhecemos um spot novo. Um café dentro de um eléctrico. É fofo. Depois, para variar, acabámos no Beach Klub. Fiquei com as pernas a tremer de tanto dançar. Estava mesmo a precisar.
Beijos

Monday, May 19, 2008

back

- Por fim acabou a "loucura estressante" que foi a minha semanita "7días, 7actos, 7sueños". Enviei-vos um e-mail onde contava tudo (de maneira resumida) como talnão vou "publicar" aqui. No entanto, vou fazer alguns posts serios (no http://www.gritos-em-silencio.blogspot.com/) e "não serios" (no http://www.strive-to-be.blogspot.com/) sobre estas actividades ao longo de esta semana.
- Tive de responder a uma entrevista interminavel para uma certa radiante, espero depois ver o resultado final (isto se algum dia conseguir ver a famosa revista!!!!).
- O tempo aqui está quase a acabar.
- Dia 14 vou (ou espero ir) conhecer a secretaria geral da Amnistía Internacional =D
- Agora que acabou esta fase de 12horas diarias de AI, toca-me a fase "bibliotecaria", bem mais aborrecida....
- Eu até gostava de aceitar os premios q a minha radiante me deu...mas não entendi como faze-lo! Tks anyway!

Beijooo

Sunday, May 18, 2008

Confia

Confia, vá lá...
Vem comigo e confia.

Confia porque estamos juntos, confia porque te digo que desde então nunca mais saíste cá de dentro.
Agora estás aí... ok. Mas eu confio. Confio porque sei do que eu e tu somos capazes juntos. Só eu e tu.

Confia.

Vamos esforçar-nos os dois, vamos gozar um com o outro como fazíamos. Satisfaço os desejos que guardas mais escondidos no coração (sempre o fiz). Confio todos os dias, a todos os minutos.
Só tens de confiar.

Confia.

Preciso que me mates a sede, que me acalmes, que me esfries. Sabes que para mim a tua receita sempre foi a mais saborosa - vou para o inferno - gula é pecado.

Confia.

O texto é mera ficção, qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.

Wednesday, May 14, 2008

Ainda não recebi a parte respeitante ao Centro de Emprego. E hoje já é só dia 14 de Maio!!!!

O pessoal goza e o povo gosta.

Wednesday, May 07, 2008


Hoje em particular, não tenho nada a dizer.

Tuesday, May 06, 2008

Ah! Esqueci-me de dizer! A Carina, que era da minha turma, ganhou um prémio de jornalismo! Mandou-me logo toda contente, tão linda! Um prémio duma reportagem que ela fez quando esteve na Focus, sobre o cancro (são mesmo os médicos que escolhem as melhores peças). Ela pediu-me para ir com ela receber o prémio, mas pronto... eu sou aquela miúda que nunca pode fazer nada porque vive integralmente para o trabalho (sempre a disponibilidade, sem receber nada com isso). Era amanhã, quarta-feira, e eu vou gravar não estou cá à hora da entrega.

Mas fiquei tãoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo feliz!

Sunday, May 04, 2008

Saturday, May 03, 2008

O meu bairro

Merda. Andando pelo bairro... e o que vejo? É o meu bairro, sim. Merda, mas meu.

Avanço por um caminho que conheço bem, não conheço eu outra coisa. Sentado na esquina alguém partilha as lágrimas com o mundo (ou com o que pensa que ele é).Dou conta de que esse alguém sou eu, a remexer em medos antigos. Quem não os tem?Foi difícil para mim o ano passado, parece que fui marcada pela morte (ou para a morte, ou por ela).O coração bate mais rápido e torna-se a causa do meu cansaço. A vida cansa-me e nenhum descanso muda isso. Os meus olhos insistem em permanecer molhados por todos os amigos que estão lá em baixo. Que ficaram por lá. Merda, é assustador. Violência gera violência e todos os dias penso que é desnecessária e todos os dias fico mais preocupada. Lágrimas. As leis são drásticas e a morte é certa para nós, do bairro. A maioria tem a prisão como segunda casa. Esta vida não é para mim, prefiro morrer desde que não me chorem. Às vezes pergunto-me se Deus ainda se importa connosco. Quem quer saber se sobrevivemos? Só falam de alguém como nós pelos piores motivos, normal. O meu bairro já não é o mesmo e os bebés berram adivinhando o sofrimento inerente a este jogo. E eu juro que não é fácil, mas não vou desistir. E tudo vai ficar melhor quando eu voltar. Preciso, para sempre, de amor e de mimos. Este é o meu bairro.

A vida não passa de um sonho, tudo o que aqui vemos são tempos difíceis, mas continuaremos a rezar.

O ambiente é sempre quente e pesado, o cheiro á pólvora é constante. É impossível explicar a dor destas mães. Temo as grades mas gosto de viver bem e isso implica riscos. Faço merda. É como viver num sistema suicida. Sempre noutra dimensão (os químicos têm esse efeito). Ajuda-me, estou farta. Sinto fome. Não consegui arranjar trabalho e, por isso, comecei a roubar a sério. A (minha) vida é difícil, não consigo dormir porque me pesa a consciência e volto a lembrar-me deles. Continuarei a pedir, até ao meu último dia, por um caminho melhor, mas não posso evitar sentir-me sem esperança e destroçada. Desde o ínicio que sinto o racismo na pele (ou na cor dela) e nunca pude apagar o que isso representa. Entro num bar, peço um copo, acendo um cigarro. Por segundos sinto-me a estrela. Mas o meu coração sente, em todos os sítios a que vou, que estou sozinha e que é só comigo que posso contar. Fecho os olhos e vejo a minha casa. No meu bairro.

Não posso evitar questionar-me porque morrem tantas crianças, isso é mesmo necessário? Quero desaparecer, mas orgulho e homicídio não coincidem. Todos choram por vidas perdidas. Ouço uma mãe gritar: "Vem para dentro". O bairro está cheio de perigos. Costumávamos ser uma comunidade no verdadeiro sentido da palavra, e agora não passamos de estranhos, o tempo mudou-nos e transformou-nos em pedras. Não consigo ter pena dos traficantes. A merda é real, sei como me sinto, sei da minha tragédia. Vejo uma mãe solteira com um filho problemático (do pai ninguém sabe), na rua, a fazer-se ao jogo, bêbeda, anseando que algum deles passe a noite com ela. É um mundo de homens e as fantasias dominam, mas os sonhos que vêm com os químicos conseguem dar cabo da noite. Fecho os olhos e adormeço. No meu bairro.

Uma jovem, que costumava estar connosco, aprendeu a vencer a noite. Vejo o álcool derrubar pessoas. Não o ouçam, se é que me faço entender. Crescer neste mundo onde tudo é escandaloso faz-me pensar em tempos e em crimes passados, tentava roubar comida e temia o inferno. Não consigo explicar o que me atrai para este jogo sujo... pulseiras de ouro, dinheiro extra e fama! E de repente todos sabem o meu nome, juro, todos me conhecem. O dinheiro mudou-me. Quero continuar assim, apesar da dor, por todos os que perdi neste jogo. No meu bairro.Descansem em paz. Todos. De todos os (meus) bairros. Cova da Moura, 6 de Maio, Estrela de África, Estrada Militar do Alto da Damaia... São todos meus, cá dentro.

O texto é pura ficção, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Friday, May 02, 2008


Bom fim de semanaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa (nunca pensei gostar tanto deles)

Thursday, May 01, 2008

Don't worry, be happy