Ansiosa (muito) pelo teu regresso!

6 days left...

Estado de espirito: indefinido.

Coisas que ficarão por fazer: pintar a minha mão na fachada negra da minha faculdade; fazer kutxi kutxi ao porteiro (carrasco) do Camelot; ter uma foto minha no paniagua (quase foi alcançado)

Coisas que ainda farei: Ir a cada recanto dos jesuitas; fazer umas vez mais o roteiro turistico; beber uma coronita na chupi (e uns quantos chupitos); dançar o "hit the road jack" no potemkim; faer o passeio ribeirinho; ir de tapar; quedar para uma caña; subir a um banco na plaza mayor; beber uma ultima sangria no oharas (uma pequena esta vez); ir ao carrefour em hora de ponta (ainda que para comprar trident - ah, e ir para a caixa do moreno lol); comprar gusanitos no quiosco da pasaje; e outras mil coisas das quais metade, no fim de contas, mudarão de categoria...

Coisas que sentirei falta: sair à hora que seja sem me preocupar por estar sola; sair a que hora seja com solo ou chuva e encontrar um montão de gente na rua; atravessar a calle toro em hora de ponta; reclamar com o carrefour; que me levem as compras a casa; ir de tapas; quedar para uma caña; reuniões de tres horas; litros de calimocho; tocar no 2ªA quando é 2ºB; levar com a antipatia do porteiro; ouvir "Patricia" e saber que é para mim; ouvir "e ahí portuga, tudo bom? como 'ce terminou ayer?"; ouvir "estamos cerrados ya"; dizer "el ultimo"; ouvir "que nos vamos ya"; o carinho dos camareiros e do Leo; ir ao delicatessen e que nos arangem uma mesa mesmo que estejam lotadissimos; ir ao banho do trastevere; ir aos jesuitas tomar sol; cruzar a ponte; ver a catedral no rio; ir à plaza de anaya um domingo à tarde e ouvir djambes ensurdecedores (no bom sentido); ver friends uma e outra vez; ver "un hombre tan pequeño tan pequeño que" é quase impossivel lembrar-se que existe para sentir saudade; sentir saudades de portugal; quedar de baixo do relógio; ver o froteman sábados à noite; adorar um sitio em que tenho de pagar 3€ para entrar para ouvir uma musica que não gosto, sufocar com a quantidade de gente a uma hora em que já só quero a minha cama, mas que é uma paragem obrigatória das 6 às 7 de um sábado; as pessoas (que prefiro nem dizer os nomes); os -7º ao meio dia e os 30 à meia noite (coisa que este ano ainda não aconteceu); as festas do verão; estar uma hora ao telefone a dizer disparates; o fugir desses carros estupidos que limpam as ruas; o conhcer gente de 30 países distintos e o ouvir 55 linguas diferentes; o caminhar; o conhcer alguém novo regularmente; o cheiro horrivel do local; as quinhentas actividades culturais cada semana; a rana; o sair por aí sem preocupar-me com destinos, horas, tempo; a minha vida; e outras tantas coisas que prefiro não enumerar, ou que agora não me lembro, ou outras até que nem sei que sentirei falta mas que dentro de um mês aumentariam (e muito) esta lista, estou segura...

Coisas de que não sentirei falta: ouvir "inglês"; pão; café; cozinhas compartidas; água.

Coisas que vou (re)encontrar: um frigorifico inteiro para duas pessoas que comem o mesmo; água decente; pão; café bomzito; inglês; sentar-me no sofá quando a minha mãe chega a casa reclamar sobre o mundo e escutar o seu dia; ver telejornais mais ou menos; comer seitan e tofu; ir a Belém; ir a cafés de 30 minutos que ao final duram 3 horas; ir até ao bairro; poder estar com as pessoas sem um prazo de validade; calçada portuguesa; caixotes de lixo nos cafés; fazer divisão do lixo em casa; ver um montão de gente de quem já nem me lembro muito bem do sorriso; estar com pessoas importantes quando nos apetece e não quando eu posso; tempo estável; caracois; estar com os meus amores e poder mandar-lhes mensagens quando me apteça; frango de churrasco; novos desafios e tantas outras coisas que já esqueci mas que tenho a certeza vai ser bom ter de novo.

Coisas que não queria (re)encontrar: gentinha fechada sobre si mesma; pessoas que não aceitam a diferença; transportes publicos e o stress de qualquer transporte; demorar 30 minutos a chegar a algum lado; metade da minha familia a mandar palpites; a cultura do "vamos todos para o centro comercial"; a cultura do "está a chover já não podemos fazer nada".

Frase: O que a vida não te dá, Salamanca empresta.

Aprendizagem: Quando se quer muito uma coisa só é preciso ir detrás.

Momentos: Dificeis.

Sentimentos: Tristeza. Alegria.

Estado de espirito:indefinido.

[Este fim de semana fui a Madrid, foi excelente, diverti-me imenso e também conheci Irene Khan, mereceu a pena. E havia uma bandeira de Portugal numa varanda da Praça Mayor de Madrid. A minha ultima viagem espanhola enquanto "residente espanhola".]

K*

Passing by to say hi*

ai o amor, o amor

Estou a ver aquele que se supõe ser o último episódio de Dr House....Deus, não podiam ter complicado mais. É um ponho estranho ver House tão sózinha, sem comentar com ninguem ou (mais ainda) sem enviar uma mensagem ou receber meia dúzia de palavras.
Pfff....ainda não acabou mas eu atribuo já o "Prémio melhor momento": quando um dos novos médicos da equipa sugere ao House que volte a tomar os comprimidos que lhe provocaram uma paragem cardíaca! Viva a inteligencia!

Bom agora que chegou a hora da publicidade vou passar ao que interessa e dier-vos algo importante, e que me esqueci este fim de semana: "Mama, papa, quiero tener un hijo...y lo mejor es que el tambien quererá tener un hijo." !!! Vá...esta frase não tem segundas intenções é dum anuncio de uma empresa espanhola, e é lindoooo...é feito só por pucaninos e são tão fofos! OK, OK, também é verdade que, sim, quero ter um/a filho/a, um não...muitos, mas há que esperar!

Balanço dos últimos dias: Cansativos. Demasiado cansativos.
Ir a Portugal, desde há quase dois anos, é sempre algo "maravilhoso", comer pão decente, beber água boa sem ser uma questão de sorte, pisar a calçada portuguesa com muita força, ouvir a minha lingua a cada segundo...enfim um conjunto de coisas maravilhosas (ok, maravilhosas a 100% só mesmo nas primeiras 24horas, porque é o tempo limite até que os defeitos apareçam de novo....mas ainda assim defeitos maravilhosos).
Mas estes dias foram duros. Autocarros, autocarros emais autocarros...horas nesses bichos horriveis dos quais já estou farta. Hospital....esse edificio frios, gelado, feio, angustiante. Telefone, um braulho ou vibração quase constante, insuportavel.

Doi a espera. E a impotencia. Doi saber que correu bem mas que não acabou.

Doi a espera. E a duvida. Doi não saber como teria sido se tivesse sido de outra maneira.

Abraços bons, beijos doces, sorrisos luminosos, vozes suaves. O balanço não é positivo mas isto chega para reconfortar-me a alma. Mesmo que o saldo seja nulo, todos os esforços valem a pena quando reencontro tudo isto.

Enfim...mis amores nothing else to say...ah, esperem "one month left" (com tudo de bom e mau, de triste e alegre, de muito e de pouco que isso tem)

Beijão*

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