A amizade é semelhante a um bom café; uma vez frio não se aquece sem perder bastante do primeiro sabor.
Emmanuel Kant
Wednesday, June 27, 2007
Tuesday, June 26, 2007
Um must comunicacional - crimes e crianças

Como nos filmes americanos do género, basta ao criminoso ver a TV para saber todos os passos que estão a ser dados, ouvindo inclusive responsáveis policiais a digladiarem-se uns aos outros e a fazer revelações que deviam ser segredo da investigação.
Não vale a pena protestar. Acende-se a luzinha da câmara da TV e todos querem ser mestres e belas. Por fim, lá vem o "povo", pano de fundo dos sucessivos sobressaltos, com a Joana, com o bebé roubado na maternidade, com a "menina" violada pelo "companheiro" da mãe, mil e uma figuras de um cena que é muitas vezes macabra mas que se torna espectáculo de prime time. há uma certa obscenidade moderna neste voyeurismo que esquece prudência, respeito, discrição, silêncio. Pobres crianças!
José Pacheco Pereira, Sábado
Friday, June 22, 2007
PCP
O veto à intervenção de Ricardo Araújo Pereira nas comemorações do 25 de Abril é revelador do espírito democrático e de tolerância que a data invoca. O humorista cometeu o erro mortal de ter abandonado o PCP. Se a revolução serviu para isto, para calar quem discorda, então, a revolução não serviu para nada.
Focus
Focus
Thursday, June 21, 2007
Slogans nazis
Mais de 50 sepulturas de soldados franceses de religião muçulmana foram profanadas no cemitério militar de Notre Dame de Lorette, em Albain-Saint-Nazaire, no Norte de França. Foram pintadas cruzes nazis e celtas nos túmulos e slogans como "Heil Hitler" e "Skinhead is not dead". Neste cemitério estão sepultados os corspos dos soldados combatentes na frente ocidental no início da 1ª Guerra Mundial (1914-1918), em 1915. A investigação está a ser conduzida pela polícia de Lille.
Focus
Wednesday, June 20, 2007
Metades
Metade de mim sou eu
A outra metade se escondeu, se perdeu
Ou morreu
Amor e ódio acasalaram-se
O resultado desta catálise
É um mito de talvez e quase
Metade de mim sobreviveu
Metade de mim sucumbiu
Metade amou
Metade odiou
Se próton ou se elétron, não sei
E o que hjoe sou
O que me sobrou
Da inocência que se desvirginou
Sopra-me, basta-me, sufoca-me
Depois do todo que se partiu
Em metade achada e metade que não se perdeu
Em parte de novo se completou
E este novo eu já não sou eu
Leonino Sousa Santos, Metades
A outra metade se escondeu, se perdeu
Ou morreu
Amor e ódio acasalaram-se
O resultado desta catálise
É um mito de talvez e quase
Metade de mim sobreviveu
Metade de mim sucumbiu
Metade amou
Metade odiou
Se próton ou se elétron, não sei
E o que hjoe sou
O que me sobrou
Da inocência que se desvirginou
Sopra-me, basta-me, sufoca-me
Depois do todo que se partiu
Em metade achada e metade que não se perdeu
Em parte de novo se completou
E este novo eu já não sou eu
Leonino Sousa Santos, Metades
Monday, June 18, 2007
Por que é feia a vida? Porque é toda fins e propósitos e intenções. Todos os seus caminhos são para ir de um porto para o outro. Quem nos dera o caminho feito de um lugar desde ninguém parte para um lugar para onde ninguém vai!
(...)
E quando a mentira começar a dar-nos prazer, falemos a verdade para lhe mentirmos.
E quando nos causar angústia, paremos, para que o sofrimento nos não signifique nem perversamente prazer.
Bernardo Soares, O Livro do Desassossego
Sunday, June 17, 2007
Não há obra de artista que não pudera ter sido mais perfeita. lido verso por verso, o maior poema poucos versos tem que não pudessem ser melhores, poucos episódios que não pudessem ser mais intensos, e nunca o seu conjunto é tão perfeito que o não pudesse ser muitíssimo mais.
Ai do artista que repara para isto! que um dia pensa nisto! Nunca mais o seu trabalho é alegria, nem o seu sono sossego. É moço sem mocidade e envelhece descontente.
(...)
Porque tu não amas o que eu digo com os ouvidos com que eu me ouço dizê-lo. Eu próprio se me ouço falar alto, os ouvidos com que me ouço falar alto não me escutam do mesmo modo que o ouvido íntimo com que me ouço pensar palavras. Se eu me erro, ouvindo-me, e tenho que perguntar, tantas vezes, a mim próprio o que quis dizer, os outros quanto me não entenderão!
De quão complexas ininteligências não é feita a compreensão dos outros de nós.
Bernardo Soares, O Livro do Desassossego
Ai do artista que repara para isto! que um dia pensa nisto! Nunca mais o seu trabalho é alegria, nem o seu sono sossego. É moço sem mocidade e envelhece descontente.
(...)
Porque tu não amas o que eu digo com os ouvidos com que eu me ouço dizê-lo. Eu próprio se me ouço falar alto, os ouvidos com que me ouço falar alto não me escutam do mesmo modo que o ouvido íntimo com que me ouço pensar palavras. Se eu me erro, ouvindo-me, e tenho que perguntar, tantas vezes, a mim próprio o que quis dizer, os outros quanto me não entenderão!
De quão complexas ininteligências não é feita a compreensão dos outros de nós.
Bernardo Soares, O Livro do Desassossego
Wednesday, June 13, 2007
Sunday, June 10, 2007
Óculos a leilão

Os famosos óculos de sol, redondos, de John Lennon vão ser leiloados no Hard Rock Café de Nova Iorque, esperando-se que os mesmos atinjam o valor de 4500 euros. A receita reverterá a favor da Music Rising, uma associação que fornecerá instrumentos aos músicos das regiões afectadas pelos furacões katrina e Rita.
Única
Friday, June 01, 2007
O que parece haver de desprezo entre homem e homem, de indiferente que permite que se mate gente sem que se sinta que se mata, como entre os assassinos, ou sem que se pense que se está matando, como entre os soldados, é que ninguém presta a devida atenção ao facto, parece que abstruso, de que os outros são almas também.
Bernardo Soares, O Livro do Desassossego
Bernardo Soares, O Livro do Desassossego
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